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Pela fé caminhamos na promessa, rumo a tudo o que será definitivo!

Estar “super satisfeito” (expressão que é frequente na boa de muitos dos nossos jovens), humanamente falando, podendo ser até um verdadeiro registo de um estado de alma muito agradável e festivo mas que, em si, torna-se rapidamente em algo muito pouco interessante que, ainda por cima e normalmente, não augura nada de bom.

Rapidamente surgem pessoas que não se dão lá muito bem com esse estado de satisfação (se for muito evidente), que logo se empenham em colocá-lo à prova; ou pode muito bem acontecer alguma coisa que, muito facilmente, “deita logo tudo a perder”!

Como somos seres que, por natureza, somos limitados e insatisfeitos… isto é tudo muito habitual.

Resumindo, por regra não se está “super satisfeito” por muito tempo.

A razão disto ser assim é simples de entender. Neste mundo em que tudo está em permanente mudança, é muito mais promissor e entusiasmante tudo o que envolve um momento de partida do que tudo o que acontece quando se está em “ponto de chegada”!

A felicidade está muito mais ligada à promessa que mobiliza todo o “ponto partida”, rumo a algo que está prometido, por ser realizador, embora em lugar mais longe e mais elevado do que aquele em que nos encontramos atualmente! Todo o ser humano é um ser que está “a caminho”!

A felicidade mobiliza-se pela esperança, fruto da promessa num futuro bem melhor, capaz de dar vontade para se arriscar, deixando o lugar onde se está, sem lamentos e prontos para enfrentar e vencer os medos e inseguranças que tantas vezes nos paralisam.

Jesus sempre foi muito atento a tudo isto e, por isso mesmo, buscou quem não caminhava (por incapacidade própria ou alheia, física ou espiritual), intervindo com a sua palavra e a sua Graça para mobilizar e tornar-nos aptos para partir.

Não será por acaso que damos o nome de “parto” ao ato de um ser humano nascer, como também não será por acaso que Jesus falava do momento da sua paixão, morte e ressurreição como sendo a sua partida; “vou partir!” – dizia Ele aos seus discípulos.

Se a nossa Esperança, como nos alerta o Apóstolo Paulo, está no aqui e no agora, somos os mais miseráveis e a nossa fé é vazia!

Somos seres de “lá”, do mais longe e mais alto. Dessa pátria que nos chama e atrai para caminharmos já para ela, vivendo no Amor uns para com os outros, realizando uma comunhão de vida que nos faz felizes quando estamos com e pelos outros nossos irmãos!

Viver na fé é buscar e suplicar, em caminhada fraterna, tudo o que é sempre mais feliz e humanamente mais realizador mas que não possuímos por nós mesmos.

Deus fez-nos assim, incompletos e mendigos, e essa descoberta, à luz de Cristo só nos traz felicidade!

O difícil e incompreensível é existir sem saber o que pedir e nem quem nos poder dar o que tanta falta nos faz!

Quando descobrimos donde tudo vem e quem tudo pode e quer oferecer o que nós não temos sem receber… vamos crescendo em felicidade, mesmo que com lágrimas.

É por aqui que a ventura da fé se começa a descobrir e a experimentar.

Começamos a ver e a aprender como somos chamados à Vida pela própria Vida. Que não temos vida eterna se ela, passando por nós, não for acolhida para, assim, havendo em nós, a podermos também dar a quem queremos amar eternamente, agora por nossa própria vontade e liberdade.

Quem recebe o dom desta vida (pela fé!), por sua vez, está em condições para a partilhar com quem a possa e queira receber. Caso não o faça acabará por tudo perder e nada viver.

Resumindo, se a fé nos faz ver e saber o lugar em que nos encontramos, o melhor que ela nos revela é a “visão” do lugar onde havemos de chegar se partirmos apoiados nas promessas, cumprindo as regras e respeitando os sinais do caminho, rumo à Pátria Celeste. Parece que estou a escutar “Vai que a tua fé te salvou!”

 

 

Padre José Luís Borga

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